O ex-secretário-geral do PSD José Silvano substitui Joaquim Pinto Moreira, que renunciou ao cargo de Comissão de Revisão Constitucional, na sequência do caso Vórtex.
Estão a ser investigados crimes de corrupção da Câmara de Espinho, da qual Pinto Moreira foi presidente.
Joaquim Pinto Moreira renunciou também ao cargo de vice-presidente da bancada parlamentar do PSD. Continua como deputado a aguardar um eventual pedido para levantamento da imunidade parlamentar.
José Silvano, deputado do PSD, fez parte da liderança de Rui Rio.
"Nego categoricamente"
Joaquim Pinto Moreira, ex-autarca de Espinho e deputado do PSD, envolvido no caso Vórtex, nega ter recebido dinheiro enquanto esteve à frente da Câmara. Diz que agiu sempre de forma ética.
"Nego categoricamente que tenha recebido o que quer que seja. Nego categoricamente qualquer comportamento menos ético".
Operação Vórtex
O Ministério Público (MP) acredita que os ex-autarcas de Espinho, Miguel Reis e Joaquim Pinto Moreira, receberam, cada um, 50 mil euros do empresário Francisco Pessegueiro, também detido no âmbito da operação Vórtex.
A convicção do MP estará baseada em várias escutas telefónicas. De acordo com o Correio da Manhã, num telefonema de março de 2022, o empresário revelou à mãe que iria pagar por um negócio imobiliário.
O destinatário do dinheiro seria Joaquim Pinto Moreira. Na altura já não era presidente da Câmara Municipal de Espinho, mas um acordo antigo previa a entrega dos 50 mil euros aquando da venda de um empreendimento e pela ajuda para o projeto de um lar.