O Presidente da Câmara de Ovar rejeita que a autarquia tenha favorecido projetos urbanísticos a pedido do deputado do PSD Joaquim Pinto Moreira.
A SIC revelou que o social-democrata é suspeito de ter tido reuniões com um vereador para ajudar a desbloquear uma obra, quando já era deputado, e que até se terá disponibilizado a contactar o autarca Salvador Malheiro.
O Ministério Público acredita que, horas antes de se tornar deputado, Joaquim Pinto Moreira pediu a um vereador da Câmara de Ovar que viabilizasse a construção de um edifício na zona nascente de Esmoriz.
Um mês depois, o deputado do PSD ter-se-á reunido com o vereador para que o projeto fosse aprovado. Nunca conseguiu.
A reunião é confirmada à SIC pelo próprio vereador, um antigo presidente da Junta de Freguesia de Esmoriz, onde seria construído o edifício. O Presidente da Câmara de Ovar rejeita qualquer favorecimento.
O Ministério Público não conclui, para já, que Pinto Moreira tenha recebido qualquer quantia pelo alegado trabalho de intermediário. Mas sim que recebeu a promessa de, pelo menos, 50 mil euros.
Miguel Reis, ex-presidente da Câmara de Espinho, agora em prisão preventiva terá, ele sim, recebido em mãos um envelope com dinheiro. A entrega terá acontecido num café em Espinho para que este projeto continuasse a ser construído, apesar das queixas dos moradores mais próximos.
À Câmara de Espinho chegou uma petição. Dois fiscais deslocaram-se ao local, mas a obra avançou. Segundo o Ministério Público, graças à intervenção de Miguel Reis a pedido do empresário Francisco Pessegueiro.
O DIAP do Porto investiga o mesmo tipo de pressões ao antigo autarca nas construções, por exemplo, de uma residência sénior, de um projeto de duas torres habitacionais e de um hotel, o projeto Skybay. Seria posto de pé de frente para o mar de Espinho.