O Ministério Público (MP) acredita que os ex-autarcas de Espinho, Miguel Reis e Joaquim Pinto Moreira, receberam, cada um, 50 mil euros do empresário Francisco Pessegueiro, também detido no âmbito da operação Vórtex.
A convicção do MP estará baseada em várias escutas telefónicas. De acordo com o Correio da Manhã, num telefonema de março de 2022, o empresário revelou à mãe que iria pagar por um negócio imobiliário.
O destinatário do dinheiro seria Joaquim Pinto Moreira. Na altura já não era presidente da Câmara Municipal de Espinho, mas um acordo antigo previa a entrega dos 50 mil euros aquando da venda de um empreendimento e pela ajuda para o projeto de um lar.
Francisco Pessegueiro terá ainda contado à mãe, através de um telefonema, que Miguel Reis, o sucessor de Pinto Moreira, também ia receber 50 mil euros.
- Meses de investigação, escutas e vigilância: o caminho até às detenções na operação Vórtex
- "Estou de consciência tranquila", garante deputado e "vice" da bancada do PSD
Miguel Reis renunciou ao mandato e está, atualmente, detido a aguardar julgamento. Já Pinto Moreira, que ainda goza de imunidade parlamentar por ser deputado, não é arguido no processo.
Na autarquia de Espinho houve entretanto mudanças e depois de tomar posse, na sequência da renúncia de Miguel Reis, a nova presidente da Câmara anunciou que vai avançar com uma auditoria à autarquia.