Raimundo Tamagnini, um remador português, atravessou o atlântico numa aventura desportiva, mas também ecológica. Foi uma competição de 5 mil quilómetros em 42 dias e um alerta para a poluição dos oceanos.
Quarenta e dois dias. Foi o tempo que Raimundo Tamagnini passou no mar, num barco de cerca de oito metros, entre as Canárias e as Caraíbas.
É português, tem 48 anos e vive no Dubai, onde se juntou a uma equipa de remo que o desafiou a atravessar o Oceano Atlântico, numa corrida com mais de 100 participantes.
A competição, que acontece todos os anos, começou no mês passado. Esta segunda-feira, a equipa do português chegou ao destino final em Antígua, nas Caraíbas.
Apesar da exigência da prova, Raimundo garante que a experiência valeu a pena.
A viagem contou ainda com um propósito ambiental. Em parceria com a Mares Limpos, uma campanha lançada em 2017 pelas Nações Unidas, Raimundo e os colegas de equipa uniram-se para, através do desporto, promoverem um futuro sustentável para os oceanos.
O objetivo passa por combater o excesso de lixo no mar. Querem sensibilizar as pessoas para a preservação do ecossistema marinho e alertar para a necessidade de mudar comportamentos e atitudes.
"A quantidade de poluição que estamos a deixar é bastante preocupante, por isso, queremos mostrar que temos mais e mais cuidado como utilizamos os plásticos", afirma Raimundo Tamagnini.
De acordo com dados das Nações Unidas, pelo menos, 11 milhões de toneladas de plástico são atiradas ao mar todos os anos. Equivale a 1 camião de lixo a ser despejado a cada minuto. Se nada for feito, em menos de 20 anos o valor pode quase triplicar.