Cerca de um ano e cinco meses depois do início do julgamento, a 29 de setembro de 2021, ainda não foi esta segunda-feira que o ex-assessor jurídico do Benfica Paulo Gonçalves e os funcionários judiciais José Augusto Silva e Júlio Loureiro conheceram a decisão do tribunal. A leitura do acórdão foi adiada pela quinta vez.
Chegou a estar agendada para 4 de novembro de 2022, 9, 23 e 25 de janeiro, mas foi sempre adiada, no caso da última data devido à greve dos oficiais de justiça. Motivo pelo qual foi também adiada esta segunda-feira, 20 de fevereiro.
O caso E-toupeira remonta a 2018, quando o Ministério Público acusou os dois funcionários judiciais, Paulo Gonçalves e a SAD do Benfica de vários crimes. Contudo, em dezembro desse ano, a decisão instrutória acabou por não pronunciar para julgamento a SAD 'encarnada'.
Paulo Gonçalves, antigo assessor jurídico da SAD do Benfica, está acusado de seis crimes de violação do segredo de justiça, 21 de violação de segredo por funcionário, nove de acesso indevido, nove de violação do dever de sigilo, em coautoria, além de um crime de corrupção ativa, dois de acesso indevido e dois de violação do dever de sigilo.
O funcionário judicial Júlio Loureiro está acusado de um crime de corrupção passiva, enquanto o funcionário judicial José Augusto Silva responde por um crime de corrupção passiva, seis de violação do segredo de justiça, 21 de violação de segredo por funcionário, nove de acesso indevido, nove de violação do dever de sigilo, 28 de acesso ilegítimo e um de peculato.