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Reunião entre professores e Governo termina sem acordo

Os sindicatos estiveram quase 10 horas reunidos com o secretário de Estado da Educação, mas o braço de ferro mantém-se.

Reunião entre professores e Governo termina sem acordo
MANUEL DE ALMEIDA

A reunião desta quinta-feira entre professores e Governo terminou sem acordo.

Os sindicatos estiveram quase 10 horas reunidos com o secretário de Estado da Educação, mas o braço de ferro continua em temas como o descongelamento das carreiras e a colocação de professores. As estruturas sindicais mantêm, por isso, as greves e manifestações marcadas para fevereiro e março.

Desde setembro que representantes dos docentes e do Governo se reúnem sem sucesso. A possibilidade de os diretores poderem colocar alguns professores a trabalhar em duas escolas do mesmo Quadro de Zona Pedagógica (QZP) é um dos principais pontos de discórdia.

O atual anteprojeto prevê a criação de equipas de diretores - "Conselhos de Quadro de Zona Pedagógica" - que ficarão responsáveis por distribuir o serviço e terão poderes para colocar alguns professores a dar aulas em dois agrupamentos.

Para os sindicatos não há acordo possível enquanto essa proposta estiver em cima da mesa, assim como é preciso agendar novas reuniões para debater velhas reivindicações, tais como a recuperação do tempo de serviço congelado durante a Troika.

Na semana passada, o ministro da Educação, João Costa mostrou "total disponibilidade" para discutir a valorização da carreira, defendendo ser preciso olhar primeiro para os docentes mais prejudicados.

Enquanto a tutela não avançar com uma proposta de calendarização para debater o assunto, os professores vão continuar em protesto, participando em manifestações e greves.