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S.TO.P. pede “consideração e respeito” ao Ministério da Educação

Desde setembro que representantes dos professores e do Governo se reúnem para tentar chegar a acordo, até então sem sucesso.

protesto professores
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Esta quinta-feira arranca a sexta ronda negocial entre Sindicatos e Ministério da Educação, contando com a presença do secretário de Estado da Educação, António Leite, e o ministro da Educação, João Costa. Em cima da mesa está a proposta de um novo regime de recrutamento e colocação de professores.

André Pestana, líder do Sindicato de Todos os Profissionais da Educação, S.T.O.P, apela ao “bom senso” do ministro perante os milhares de profissionais que nos últimos meses têm vindo a manifestar-se nas ruas e mobilizado greves.

A motivação dos milhares de docentes e não docentes é a “igualdade entre docentes do continente e dos arquipélagos” seja na contagem de tempo de serviço ou no fim das quotas de acesso ao quinto e sétimo escalão.

O sindicato exige mais profissionais não docentes nas escolas, com melhores salários e um aumento salarial de pelo menos 120 euros para "compensar os efeitos da inflação".

“Silêncio não pode continuar”

Mesmo depois de o ministro ter garantido “total disponibilidade” para discutir a valorização da carreira, André Pestana não acredita que cheguem a acordo e pede “consideração e respeito” ao Ministério.

“Sobre a questão do recrutamento há questões gravíssimas, além desta questão uma total desconsideração de não aceitar negociar, não haver nenhuma contraproposta. Revela que não é uma verdadeira negociação, porque quem quer negociar faria uma proposta. O Ministério, apesar de dizer querer negociar, na prática não aceita negociar sobre os temas", afirma o líder do S.T.O.P.

Havendo ou não acordo, marcha marcada para dia 25 vai acontecer

Independentemente do desfecho das negociações desta quinta-feira, a marcha convocada pelo S.T.O.P. para dia 25 de fevereiro, em defesa do ensino público, irá decorrer.

“Temos recebido muito apoio, pais, avós e até estudantes, que dizem que vão estar nesta marcha dia 25. O protesto vai partir simbolicamente do Palácio da Justiça. Exigimos justiça por profissionais da educação que dão o seu melhor há décadas e continuam muitos deles com salários de miséria. "

O protesto termina à frente da Assembleia da República.