O Governo aprovou quase 40 milhões de euros para reparações na Marinha, justificando que os navios propriedade do Estado têm de estar “operacionais e assegurar um grau de prontidão adequado”, sem fazer qualquer referência ao NRP Mondego.
A resolução do Conselho de Ministros foi aprovada na semana passada, ainda antes da alegada insubordinação dos 13 militares, mas só esta quarta-feira foi publicada em Diário da República.
A resolução, assinada pelo primeiro-ministro António Costa, não faz, no entanto, qualquer referência ao NRP Mondego.
Recorde-se que a embarcação deveria ter patrulhado um navio russo em águas nacionais, mas ficou em terra depois de 13 militares se recusaram a embarcar, invocando o mau estado do navio.
O Governo fala apenas em pequenas e médias revisões a outros navios patrulha e fragatas.
Fontes da Marinha denunciam à SIC um cemitério de corvetas, fragatas e navios inoperacionais há vários anos e já sem guarnição. Motores avariados, peças estruturais danificadas e cuja reparação custará por certo largos milhões de euros aos contribuintes.