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Polémica na Marinha: Montenegro quer "avaliação profunda" para saber "quem tem razão"

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O líder do PSD manifestou-se contra "atos de indisciplina", mas rejeitou uma condenação prévia dos militares da Marinha.

O presidente do PSD, Luís Montenegro, disse esta quarta-feira que "nunca" vai "legitimar atos de indisciplina", mas rejeitou que se faça uma "prévia condenação" dos militares da Marinha que se recusaram a embarcar no navio Mondego.

“Eu espero que a Marinha portuguesa faça uma avaliação bem profunda, sem complexos, daquilo que se está a passar, para nós sabermos quem é que tem razão”.

Montenegro afiançou que "nunca" vai "legitimar atos de indisciplina", mas alertou também: "Nós podemos ter razões para compreender aqueles que se recusaram a fazer aquela operação e temos de ter abertura de espírito para isso, não partir já para uma prévia condenação desse ato".

Luís Montenegro disse que cabe ao Chefe do Estado-Maior da Armada aferir o que aconteceu.

"Há uma coisa que eu sei. As nossas Forças Armadas precisam de disciplina, não há dúvida nenhuma, mas a disciplina tem que ser escrutinada por aqueles que são os destinatários das orientações e também por aqueles que são os emissários das orientações", afirmou.

Defendendo que é necessário que haja "maturidade" para que "todas as responsabilidades" possam ser apuradas, o presidente social-democrata apontou baterias igualmente ao Governo e ao primeiro-ministro, António Costa.

Montenegro disse que quer saber se o Chefe do Governo "está em condições" de "assegurar a Portugal que a Marinha tem todos os equipamentos e todos os recursos para cumprir a sua missão".

"Não é de dizer, como disse hoje, que o almirante Gouveia e Melo vai tratar de saber se houve ou não houve respeito pelas regras de disciplina", porque "isso não é a função do PM", criticou.

"Porque as notícias que nos chegam é que há várias embarcações da Marinha portuguesa que não estão em condições de operar de forma absolutamente segura e nós não podemos ter dúvidas quanto a isso porque está em causa, efetivamente, a nossa soberania e a nossa responsabilidade de preservar uma das maiores riquezas que temos, que é a nossa plataforma marítima", realçou.

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