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Afinal, proposta do Governo não abrange 60 mil docentes, denunciam sindicatos

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O ministro da Educação tinha avançado, no último encontro com os Sindicatos, que as novas medidas para facilitar a progressão abrangem 60.000 docentes.

Os Sindicatos dos professores dizem que a proposta apresentada pelo Governo não abrange os milhares de docentes apontados pelo ministro da Educação na reunião de quarta-feira. A Fenprof considera que o Governo não responde às exigências dos professores e João Costa não quis comentar estas acusações.

O ministro da Educação tinha avançado, no último encontro com os Sindicatos, que as novas medidas para facilitar a progressão abrangem 60.000 docentes.

No entanto, os próprios Sindicatos dizem que o número real está longe disso. Num comunicado, a Fenprof afirma que, caso não haja alterações, vão ficar de fora "todos os docentes que entraram na profissão nos últimos 18 anos ou aqueles que já atingiram o topo da carreira".

Os Sindicatos acrescentam ainda que as propostas do Governo não responderam a outras exigências dos professores, não corrigem as assimetrias e não eliminam as vagas nem as quotas.

Confrontado com estes argumentos na apresentação da Bienal Cultura e Educação, o ministro João Costa só quis falar sobre os docentes presentes no evento, que chama de "agentes de transformação nas escolas".

O Governo prometeu apenas mais uma reunião marcada para 5 de abril. A Fenprof diz manter as greves por distrito e a manifestação nacional no dia 6 de junho. Avança também com a greve ao trabalho extraordinário já na próxima semana e ao último tempo letivo.

O S.TO.P. quer a maior manifestação de professores do século no dia 25 de abril.