O cirurgião acusado por uma médica interna de más práticas no Hospital de Faro pediu a suspensão temporária da atividade cirúrgica. Numa altura em que decorrem quatro inquéritos e uma auditoria para apurar a veracidade das denuncias, o clínico terá optado por afastar-se do bloco operatório.
O pedido foi entregue na véspera da deslocação a Faro da Ordem dos Médicos.
Pedro Henriques, alvo principal das denúncias da médica de quem era orientador do internato, pediu na quinta-feira ao Centro Hospitalar Universitário do Algarve (CHUA) a autossuspensão da atividade enquanto cirurgião principal.
A SIC sabe que a pressão e o stress são as razões invocadas. O clínico terá manifestado disponibilidade para continuar a trabalhar apenas fora do bloco operatório.
O cirurgião e o diretor do serviço são visados numa queixa-crime por 11 alegados casos de erro e negligencia, situações que estão a ser alvo de vários inquéritos.
A deslocação, esta sexta-feira, da Ordem dos Médicos a Faro serviu para preparar o trabalho da comissão independente de peritos que, a partir da próxima semana, estará em campo para apurar se há ou não más práticas nos 11 casos que motivaram uma queixa à Polícia Judiciária (PJ).
A comissão independente nomeada pela Ordem dos Médicos a pedido do Ministério da Saúde vai reunir pela primeira vez este sábado.