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Marcelo diz que caso Galamba é “sensível” e não deve ser tratado “em praça pública”

"Em determinados temas particularmente sensíveis o seu tratamento não é na praça pública”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa sobre a polémica que está a envolver o ministro das Infraestruturas.

Presidente da República.
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O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, diz que o caso de Galamba é sensível e deve ser tratado de forma "discreta" e não em "praça pública".

"Em determinados temas particularmente sensíveis o seu tratamento não é na praça pública, não é sobre os holofotes da comunicação social. São tratados, vão sendo tratados até ao momento em que se vê que foram tratados."

Em declarações aos jornalistas, esta segunda-feira, Marcelo afirmou que só assumirá uma posição sobre o assunto no mesmo certo.

O chefe de Estado disse ainda que quer falar do caso com o primeiro-ministro, António Costa, mas não adiantou quando o fará: “Não me cabe estar a dizer dia tal, horas tais, nestas circunstâncias".

"Tratando-se de uma matéria sensível, de relevância nacional, o tratamento tinha de ser discreto”, sublinhou.

No sábado, na Ovibeja, Marcelo recusou-se a comentar todo o caso da exoneração de Frederico Pinheiro, adjunto do ministro das Infraestruturas, João Galamba, alegando que a primeira pessoa com quem iria falar quando tivesse a informação completa sobre o caso seria com o primeiro-ministro.

Na noite de sexta-feira foram conhecidos várias mensagens de Whatsapp enviadas por João Galamba e por elementos do seu gabinete a Frederico Pinheiro, o adjunto que foi exonerando por telefone e que tentou ir buscar o seu computador ao Ministério numa cena rocambolesca, que envolveu quatro agentes da PSP e uma intervenção do SIS.

Como o Ministério das Infraestruturas já divulgou, a rotura entre Frederico Pinheiro e Joao Galamba deu-se enquanto este estava numa visita de trabalho a Singapura. É isso que explica a diferença horária entre envios e respostas, bem como o facto inusitado de o adjunto ter sido despedido telefonicamente pelo ministro mal aterrou em Lisboa, numa ação que não parece ter cumprido qualquer norma legal.