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Sindicatos de professores e Governo retomam negociações

Em causa está um conjunto de medidas apresentado pelo Ministério da Educação, com impacto na contabilização do tempo de serviço dos professores que trabalharam durante os dois períodos de congelamento.

Sindicatos de professores e Governo retomam negociações
ANTÓNIO PEDRO SANTOS

O Ministério da Educação e as organizações sindicais do setor voltam esta segunda-feira a reunir-se, a pedido dos representantes dos professores, para a negociação suplementar de uma proposta do Governo para corrigir assimetrias decorrentes do congelamento da carreira.

Em causa está um conjunto de medidas apresentado pelo Ministério da Educação, com impacto na contabilização do tempo de serviço dos professores que trabalharam durante os dois períodos de congelamento (entre 2005 e 2007 e entre 2011 e 2017), permitindo acelerar a sua progressão na carreira.

As negociações tinham terminado em 20 de abril, sem acordo entre a tutela e as organizações sindicais, que insistem na recuperação integral do tempo de serviço (seis anos, seis meses e 23 dias) para todos os professores.

Equacionadas novas formas de luta

André Pestana disse, na sexta-feira, que na próxima semana vai haver uma assembleia de sócios, estando e cima da mesa novas formas de luta, entre as quais a greve às avaliações.

"Mas só na reunião se vai decidir quais as formas de luta", disse.

O coordenador do S.TO.P. está hoje de manhã na Escola Básica e Secundária de Vialonga, no concelho de Vila Franca de Xira, no distrito de Lisboa, para participar num plenário com trabalhadores do estabelecimento.

"Viemos a esta escola em Vialonga, que está muito degradada e é das poucas que ainda tem uma situação que já devia ter sido erradicada: o amianto. O S.TO.P. foi o primeiro sindicato a fazer uma luta contra o amianto com mais de dois meses de greve e conseguimos que se avançasse com um plano nacional contra a erradicação do amianto orçamentada em milhões de euros, mas esta escola ainda não mereceu essa atenção", contou.

No plenário, além dos problemas dos profissionais, vai também, segundo André Pestana, ser abordada a questão do amianto.

Após os primeiros cinco dias de greve às provas de aferição, segue-se um novo período de paralisações, entre 16 e 26 de maio, que coincide com as provas de educação física do 5.º ano e de tecnologias da informação e comunicação do 8.º ano.