As organizações sindicais dos professores voltam reunir-se esta segunda-feira com o Governo. Esta negociação suplementar foi pedida pelos representantes dos docentes. Em causa está uma proposta do Ministério da Educação sobre a correção de assimetrias nos professores mais prejudicados pelo congelamento do tempo de serviço. José Feliciano Costa, secretário-geral adjunto da Fenprof, explicou os detalhes das reivindicações dos docentes em entrevista na SIC Notícias.
As nove estruturas sindicais consideram que o diploma aprovado é insuficiente e que acaba por criar outras desigualdades entre os docentes. Exigem, por isso, a recuperação integral do tempo de serviço de seis anos, seis meses e 23 dias para todos os professores, o que motiva um dos protestos dos docentes já marcado para 6 de junho.
Caravana, greves e manifestações na agenda da Fenprof
José Feliciano Costa disse na SIC Notícias que a Fenprof tem um conjunto de iniciativas marcadas. A começar pela “Caravana em defesa da Escola Pública”, a partir de terça-feira, 14 de maio, com início no Porto, e até 6 de junho, em Lisboa.
“Uma caravana que vai percorrer o país simbolicamente pela estrada nacional nº 2, depois temos uma greve com duas grandes manifestações em Lisboa e no Porto no dia 6 do 6 de 2023, o tal dia simbólico 6/6/23, mas temos outras coisas em cima da mesa e é isso que vamos dizer hoje ao Ministério da Educação, nomeadamente a questão de uma greve às avaliações finais”, avançou o secretário-geral adjunto da Fenprof.
“Como sempre dissemos, a bola neste momento está do lado do Governo, o Governo tem essa capacidade de poder parar já isto, se de facto iniciar um processo sério de negociação da recuperação do tempo de serviço, mas não só”, realçou.
Professores “contam com o apoio institucional do Presidente da República”
A Fenprof tem ainda uma manifestação marcada para 10 de Junho, Dia de Portugal, no Peso da Régua, onde vai estar também o Presidente da República. José Feliciano Costa lembra que Marcelo Rebelo de Sousa já deu um recado ao Governo e que, por isso, os professores contam com o apoio do chefe de Estado.
“O Presidente da República deu o recado ao Governo, que tem de olhar para a recuperação do tempo de serviço e tem de falar com os professores no sentido de o recuperar até de forma faseada, portanto aí temos esse apoio institucional do senhor Presidente da República", frisou o responsável da Fenprof.
A reunião entre as organizações sindicais dos professores e o Governo no Ministério da Educação está marcada para as 17:00.