País

Fenprof entrega ao Ministério Público lista com escolas que marcaram faltas a professores em greve

Mário Nogueira, secretário-geral da Federação Nacional dos Professores, acusa o ministro da Educação, João Costa, de criar mais conflitos numa altura em que se vive grande descontentamento no setor. Em causa está a adesão à greve de 17 de março.

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Só numa escola, em Silves, foram instaurados 24 processos disciplinares pelos diretores dos agrupamentos aos professores que aderiram à greve de 17 de março.

O mesmo aconteceu em outras zonas do País, mas o total de docentes afetados está ainda por apurar, denunciou esta quinta-feira a Federação Nacional dos Professores (Fenprof), ao formalizar uma queixa no Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa, onde entregou uma lista de escolas que marcaram faltas injustificadas ou instauraram processos disciplinares aos docentes que participaram no protesto.

As críticas foram dirigidas a João Costa, já que o Ministério da Educação decidiu não arquivar estes processos.

"O ministro da Educação, que era suposto pacificar o setor, que como se sabe está em conflito aberto, consegue cada vez que pode deitar achas para uma fogueira que já arde intensamente", advertiu Mário Nogueira, secretário-geral da Fenprof.

A Fenprof afirma que retira a queixa assim que o problema for resolvido pela tutela. Mário Nogueira diz esperar que o "bom senso impere e que o ministro da Educação não discrimine" os professores que aderiram à greve da Função Pública.

Apesar do apelo à paz nas escolas, a Fenprof não afasta a possibilidade de fazer greve aos exames no final do ano letivo.