A Fenprof vai esta quinta-feira ao Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa para identificar as escolas que instauraram procedimentos disciplinares contra professores que participaram na greve da função pública e para apresentar a lista dos docentes visados.
De acordo com a organização sindical, que foi notificada pelo próprio DIAP para o envio detalhado dos casos conhecidos, houve várias escolas cujos diretores marcaram faltas injustificadas ou instauraram procedimentos disciplinares a docentes que aderiram à greve de 17 de março.
Está em causa a paralisação convocada pela Frente Comum para aquele dia e que, nas escolas, coincidia com a greve por tempo indeterminado convocada pelo Sindicato de Todos os Profissionais da Educação (Stop), que ainda decorria. Para a segunda, tinham sido decretados serviços mínimos, mas não para a primeira.
Ministro nega ter dado orientações
O ministro da Educação, João Costa, nega ter dado orientações para a marcação de faltas injustificadas. Na última reunião com a tutela, na passada segunda-feira, Mário Nogueira acabou por abandonar as negociações e acusar o Governo de postura anti-democrática.