Os subscritores do novo empréstimo obrigacionista lançado pelo FC Porto "podem estar seguros", apesar das recentes buscas feitas pela Autoridade Tributária (AT) à SAD, assegurou esta sexta-feira o administrador dos 'dragões' Fernando Gomes.
"Este ruído tem muito pouco a ver com o FC Porto. A incursão das autoridades tributárias tem muito fundamentalmente a ver com questões entre agentes e jogadores que terão, segundo a AT, de alguma maneira, não cumprido com as suas declarações corretas no IRS e procedido a alguma fuga. Veio ao FC Porto porque lá estão os contratos e foi pedir cópias para fazer verificação", expôs o administrador financeiro do FC Porto, ao Porto Canal.
Na quarta-feira, a AT confirmou ter efetuado buscas no âmbito da 'Operação Penálti', por suspeitas de crimes de fraude e fraude qualificada relacionados com negócios do futebol profissional, que proporcionaram 67 mandados de busca, três dos quais a SAD e 28 a escritórios de advogados ou a empresas de contabilidade e de agentes de desportivos.
As diligências incidem em factos decorridos entre 2014 e 2022, sobre os quais "existem indícios de vantagens patrimoniais ilegítimas, fiscais e contra a segurança social" fixadas em "mais de 58 milhões de euros", sendo que as SAD do Benfica, Sporting e FC Porto.
Fernando Gomes reconheceu que os 'dragões' terão "uma coisa liminar e residual" a ver com a investigação em curso, mas considerou que a administração comandada por Jorge Nuno Pinto da Costa "não faz coisas que não sejam rigorosíssima e estritamente legais".
"O FC Porto liquida IVA e, quando tem excessos de IVA, exige a sua devolução por parte do Ministério das Finanças. Ficou encravada durante um tempo uma devolução que não nos fizeram no valor de três milhões de euros. Estávamos intrigados. Isso era referente a certas situações entre agentes, jogadores e o FC Porto, sendo que consideravam que o IVA não foi corretamente liquidado pelas entidades", explicou o administrador financeiro.