O secretário-geral adjunto do PS, João Torres, diz que o partido não aceita lições de moral de Cavaco Silva nem do PSD. João Torres considera que o antigo presidente da república e primeiro-ministro perdeu o sentido de estado e que usou uma linguagem anti-democrática.
"A agressividade e a violência verbal a que o país ontem assistiu por parte de um antigo primeiro-ministro e antigo Presidente da República revelam que o professor Cavaco Silva perdeu o sentido de Estado que se exige", afirmou João Torres em declarações aos jornalistas à margem da Gala dos 50 anos do PS/Braga, no Theatro Circo.
E prosseguiu: "Essa agressividade e violência verbal que o professor Cavaco Silva utilizou revelam também que está, de alguma forma, inconformado com o facto de ter uma grande impopularidade no nosso país."
Para o dirigente socialista, o mandato presidencial do social-democrata "é um mandato de que nenhum português tem particular boa memória e parece que o professor Cavaco Silva está mal resolvido com o seu passado".
No sábado, Aníbal Cavaco Silva acusou o Governo de ser especialista em "mentira e propaganda", num discurso muito crítico do executivo no 3.º Encontro Nacional dos Autarcas Social-Democratas (ASD), em Lisboa.