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Montenegro diz que Costa está nervoso e com medo das críticas de Cavaco Silva

O presidente do PSD avisa o primeiro-ministro de que "o poder não é eterno", que os socialistas "já tiveram a sua oportunidade e desperdiçaram-na" e que está a chegar "a vez" dos sociais-democratas governarem.

Luís Montenegro, presidente do PSD, Joaquim Miranda Sarmento, presidente do grupo parlamentar do PSD e Miguel Albuquerque, presidente do PSD Madeira, na sessão de encerramento das jornadas parlamentares do PSD.
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O líder do PSD acusa o primeiro-ministro de estar nervoso e com medo das críticas de Cavaco Silva. António Costa acusou o ex-Presidente da República de tentar inventar uma crise política artificial. Desta vez, o atual Presidente não comenta.

Marcelo Rebelo de Sousa recusou comentar o discurso de Cavaco Silva. “Não comento nunca ex-chefes de Estado”, disse.

Em causa está o discurso bastante crítico de Cavaco Silva em que afirma que o primeiro-ministro António Costa “perdeu a autoridade” e o Governo socialista atingiu uma “incompetência de tal dimensão” que nunca imaginou.

António Costa desvalorizou as críticas e acusou a direita de criar uma crise artificial.

O presidente do PSD avisou hoje o primeiro-ministro de que "o poder não é eterno", que os socialistas "já tiveram a sua oportunidade e desperdiçaram-na" e que está a chegar "a vez" dos sociais-democratas governarem.

No encerramento das Jornadas Parlamentares do PSD, que decorreram na Madeira, onde o partido governa desde 1976, Luís Montenegro aconselhou também António Costa a "tomar um banho de realidade" e a ser mais humilde.

"O poder não é eterno, o poder serve para mudar e transformar a vida das pessoas, e é preciso saber conviver com a circunstância de umas vezes sermos nós a protagonizar essa mudança e outras vezes serem outros", afirmou.

Luís Montenegro acrescentou que "o mundo não vai acabar quando acabar o Governo do PS":

"Não é preciso estarem tão agarrados, estão ali como lapas, ali agarradinhos, a democracia é isto, já tiveram o vosso tempo, já tiveram a vossa oportunidade e já a desperdiçaram. Está a chegar a nossa vez, vamos estar no sítio certo para ganhar eleições e governar Portugal", disse.