No ano passado arderam quase 1200 hectares no Parque Nacional da Peneda Gerês. Nas aldeias de Ponte da Barca ouvem-se críticas ao programa "Aldeia Segura Pessoas Seguras" e há receios de que no próximo Verão o fogo volte a ameaçar as casas.
Os especialistas avisam que a perda de população e os terrenos por cultivar estão a deixar as aldeias vulneráveis e alertam para os riscos das espécies invasoras.
Um ano desde o mar de chamas no Parque Nacional da Peneda Gerês
Durante três dias as chamas avançaram pelas paisagens do Parque Nacional da Peneda do Gerês, numa noite escaldante de verão, algo que nunca se tinha visto para aqueles lados.
Passou quase um ano desde o fogo que ameaçou a aldeia de Froufe, concelho de Ponte da Barca. O tempo foi atenuando as cicatrizes na paisagem, mas este é o preço a pagar devido à desertificação. Nos últimos dez anos, só a união de freguesias de Entre-os-Rios e Ermida perdeu 30% dos habitantes.
Com a população envelhecida, as aldeias estão mais silenciosas e há terrenos abandonados, o que a torna mais vulnerável ás chamas.
Nos últimos meses o número ignições foi mais elevado do que o habitual e espera-se um verão em brasa.