Os tripulantes da EasyJet, que se manifestaram durante cinco dias, acusam a transportadora de "precarização e discriminação relativamente aos colegas dos outros países”. O protesto dos tripulantes da EasyJet teve início no dia 26 de maio e estendeu-se até este sábado, dia 3 de junho.
Segundo fonte oficial da EasyJet, “dos 164 tripulantes de cabine das bases portuguesas escalados para o dia de hoje, apresentaram-se ao serviço 78, em Lisboa, Porto e Faro”, cerca de 52%.
Contudo, Ricardo Penarroias, presidente do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC), referiu que a adesão se mantém a rondar os 100%, reforçando que estão apenas a ser efetuados os voos decretados no âmbito dos serviços mínimos e relembrando os 80 voos cancelados este sábado: 12 em Faro, 40 em Lisboa e 26 no Porto.
Os trabalhadores cumprem este sábado o quinto e último dia de greve, acusando a transportadora de “precarização e discriminação” face aos outros países.
Ao longo da paralisação, os níveis de adesão reportados pela empresa têm sido distintos e inferiores aos referidos pelos dirigentes sindicais nos dias de greve já cumpridos.
Em comunicado, a SNPVAC disse que a EasyJet continua a considerar os tripulantes portugueses “trabalhadores menores” prepetuando a sua “precarização e discriminação relativamente aos colegas dos outros países”.
A greve abrange “todos os voos realizados pela EasyJet”, assim como os “demais serviços a que os tripulantes de cabine estão adstritos”.
Quando a paralização foi anunciada, a companhia aérea referiu ficar “extremamente desapontada” com a convocação da greve, considerando a proposta de aumentos salariais, entre os 63% e os 103%, "impraticável".