O afastamento do diretor de obstetrícia e ginecologia do Hospital Santa Maria, em Lisboa, está a provocar reações políticas. O líder da Iniciativa Liberal diz que a diferença de opiniões não pode ser um motivo para afastar pessoas das suas funções.
Luís Rocha, líder da Iniciativa Liberal, já se pronunciou acerca do sucedido e garante que a situação o “preocupa”, uma vez que a “discordância não é motivo para afastar pessoas”.
O presidente do partido refere também que a decisão tomada pela administração do hospital passa a imagem de que os profissionais “não podem ter opinião”, nem discordar de “algumas orientações”.
Mais de 30 médicos assinaram carta com preocupações

Há cinco dias, quase toda a equipa do serviço de obstetrícia do Hospital Santa Maria assinou uma carta onde foram apresentadas as preocupações relacionadas com o encerramento da maternidade para obras a partir de 1 de agosto.
Nas duas páginas, são vários os pontos que mostram o desagrado dos profissionais com as soluções apresentadas pelo conselho de administração do Hospital e pela direção executiva do Serviço Nacional de Saúde.
Conselho de administração já arranjou substituto
Diogo Ayres de Campos, diretor de obstetrícia e ginecologia, é o primeiro subscritor dos 34 que assinaram a carta que questiona o projeto de reestruturação da maternidade.
O conselho de administração decidiu afastá-lo do cargo por causa da falta de confiança gerada pelas críticas às obras. O cargo vai agora ser assumido interinamente pelo diretor de serviço de ginecologia, Alexandre Valentim Lourenço.