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Costa quer Portugal "muito ativo" na NATO para garantir proteção

No âmbito das missões que Portugal tem feito com a Aliança Atlântica, o primeiro-ministro reforça a importância da presença de Portugal, sendo um país que se encontra no extremo sudoeste da Europa.

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O primeiro-ministro, António Costa, visita esta segunda-feira militares portugueses da Força Aérea empenhados na Lituânia no âmbito de missões da NATO, na véspera do início da cimeira da Aliança Atlântica, em Vílnius.

O primeiro-ministro visitou várias aeronaves de combate, nomeadamente os caças F-16, utilizadas pelos militares portugueses na missão 'Baltic Air Policing (BAT)', de patrulhamento do espaço aéreo.

Com isto, Costa frisou a importância da participação portuguesa nestas missões, tendo em conta a posição geográfica do país.

“Obviamente, é importante para todos os países, mas é seguramente muito importante para um país como Portugal estando no extremo sudoeste da Europa. Tendo uma projeção Atlântica muito profunda, assegurada pelas regiões autónomas dos Açores e da Madeira”, esclareceu.

Depois, António Costa ruma a Vílnius para participar na Cimeira da NATO, que vai prolongar-se até quarta-feira e que terá como um dos principais temas a adesão da Ucrânia à Organização do Tratado do Atlântico Norte.

Portugal participa com 118 militares e cinco aeronaves (incluindo quatro F-16 M) em duas missões da Aliança Atlântica: as 'Assurance Measures' e a BAP.

Durante a visita, o primeiro-ministro reforçou que o país deve ser o mais ativo possível nos exercícios e ajudas externas, pois um dia poderá vir a precisar.

“Portugal deve ser muito ativo sempre nas missões que desempenha ao serviço das organizações multilaterais, é porque sabemos que cada contributo que nós damos para a segurança dos outros, é garantia que todos os outros darão um contributo para a nossa segurança sempre que ela estiver ameaçada”, comentou.


A primeira missão teve início em 2014 e consiste num conjunto de atividades "de presença contínua em terra, mar e ar, dentro e junto à fronteira leste do território aliado, destinadas a reforçar a defesa, dissuadir ameaças, tranquilizar populações e deter potenciais agressões".

Portugal e a Roménia sucederam em março à França e Alemanha na BAP e o no final de julho outros dois Estados-membros da NATO ficarão encarregados do patrulhamento aéreo.

A BAP é uma missão de policiamento aéreo que tem como objetivo proteger o território aliado e populações de "ameaças e ataques aéreos e de mísseis", podendo também fornecer apoio a aeronaves civis, por exemplo, quando perdem a comunicação com o controlo de tráfego aéreo.

Desde o início do conflito na Ucrânia, em 2022, que os aliados têm reforçado a sua presença no flanco leste da NATO, nomeadamente em países como a Roménia, no qual Portugal participa em duas missões que visam contribuir para as capacidades de dissuasão e defesa da Aliança Atlântica: a 'Tailored Forward Presence' e a 'Enhanced Vigilance Activity'.