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Greve no setor da hotelaria: "As condições de trabalho são muito más"

Está marcada para dia 28 de julho uma greve dos trabalhadores do setor da hotelaria. Esta segunda-feira, houve concentrações em frente a sete unidades hoteleiras no Porto.

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Nas manifestações realizadas esta segunda-feira, o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Norte (STIHTRSN) pediu melhores salários e condições de trabalho, num setor que este ano poderá registar o melhor ano turístico de sempre, segundo dados do Instituo Nacional de Estatística (INE).

“O setor vive uma situação excelente, segundo os dados do INE de abril, agora publicados em junho. Portanto, os proveitos totais aumentaram 48% e os proveitos por quarto aumentaram 50%. Tudo indica que 2023 vai ser o melhor ano turístico de sempre e muito superior a 2019, que foi o maior ano turístico de sempre”, disse Francisco Figueiredo, dirigente do STIHTRSN.

Apesar dos resultados positivos que este setor tem vindo a alcançar, os trabalhadores estão descontentes com as condições laborais e relembram que os salários são muito baixos.

"Os salários são muito baixos, as condições de trabalho são muito más, dezenas de milhares de trabalhadores recebem apenas o salário mínimo nacional e até há muitos trabalhadores que recebem apenas 80% do salário mínimo nacional. Há uma norma na lei que prevê que os aprendizes estagiários podem receber só 80% e os patrões têm-se aproveitado disso. Aos novos trabalhadores que vêm trabalhar para o setor, eles pagam apenas 608 euros e levam para casa 548 euros", disse Francisco Figueiredo.

A greve nacional está marcada para dia 28 de julho com uma concentração à porta da Secretaria de Estado do Turismo, segundo o pré-aviso de greve emitido pela Federação dos Trabalhadores da Agricultura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal (FESAHT).