O vários partidos do Parlamento reúnem-se esta quarta-feira em Conferência de Líderes. As buscas à sede do PSD e à casa de Rui Rio serão um dos temas centrais desta reunião, que foi convocada pelo Presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva.
Por considerar que a atividade do Parlamento depende da própria atividade dos partidos e da forma como se organizam, Santos Silva quer ouvir a opinião dos partidos sobre esta investigação em curso.
O Ministério Público realizou buscas nas sedes nacionais do PSD e em casa do ex-líder do partido por suspeitas de alegada utilização indevida de verbas públicas para os gabinetes dos grupos parlamentares, com pessoal em funções na sede do partido.
O PS já se mostrou disponível para uma revisão à lei.
Buscas estão relacionadas com suspeitas de peculato e abuso de poderes
A casa do ex-presidente do PSD Rui Rio foi, na passada quarta-feira, alvo de buscas. Em causa estão suspeitas de crimes como peculato e abuso de poderes por uma alegada utilização indevida de dinheiro público na anterior gestão do PSD.
Segundo o comunicado da Polícia Judiciária, foram realizadas 20 buscas, das quais 14 domiciliárias, cinco a instalações do partido e uma a instalações de um revisor oficial de contas, dispersas pela zona da Grande Lisboa e na região norte do país.
Perante a situação, Rui Rio disse estar "muito calmo e sereno".
O PSD assegurou que "prestará toda a colaboração" com a justiça e informa que, segundo as autoridades, a investigação abrange o período de 2018 a 2021, anos em que Rui Rio era presidente do partido.
Rio garante que não cometeu qualquer ilegalidade ao pagar a funcionários do partido com dinheiro do Parlamento. Diz mesmo que é uma prática de todos os partidos e que as buscas foram penas para prejudicar a sua imagem.