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Operação Picoas: detidos mudam para o estabelecimento prisional da PJ

As medidas de coação só deverão ser conhecidas no início da próxima semana. Até lá, os quatro arguidos no âmbito da operação Picoas vão continuar detidos.

Operação Picoas: detidos mudam para o estabelecimento prisional da PJ
James C Hooper

Os detidos do sexo masculino vão deixar as instalações da sede do comando da PSP de Lisboa, em Moscavide, e serão transferidos para o estabelecimento prisional junto à sede da Polícia Judiciária. Só Jéssica Antunes, filha de Hernâni Vaz Antunes, vai continuar detida nas instalações da PSP, apurou a SIC.

A operação Picoas, desencadeada a 13 de julho, levou a três detenções, entre as quais a do cofundador do grupo Altice Armando Pereira, contou com cerca de 90 buscas domiciliárias e não domiciliárias, incluindo a sede da Altice Portugal, em Lisboa, e instalações de empresas e escritórios em vários pontos do país, segundo o Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) do Ministério Público (MP).

Hernâni Vaz Antunes foi o quarto arguido a ser detido, após entregar-se às autoridades dois dias depois.

Em causa nesta ação conjunta do MP e da Autoridade Tributária (AT) estão suspeitas de "viciação do processo decisório do grupo Altice em sede de contratação, com práticas lesivas das próprias empresas daquele grupo e da concorrência", que apontam para corrupção privada na forma ativa e passiva.

As autoridades consideram que, a nível fiscal, o Estado terá sido defraudado numa verba "superior a 100 milhões de euros". Em 2 de junho de 2015, a Altice concluiu a compra da PT Portugal.