A greve de cinco dias na EasyJet chegou ao fim esta terça-feira. Estima-se que dos mais de 500 voos previstos, quase 350 foram cancelados. O Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) fala numa adesão de 90% dos trabalhadores.
O presidente do SNPVAC, Ricardo Penarróias, instou esta terça-feira a companhia aérea EasyJet a apresentar uma proposta "no mínimo trabalhável" aos tripulantes de cabine, em greve desde sexta-feira com adesão de 90%.
"Ninguém faz uma greve de ânimo leve. Lamentamos o transtorno que estamos a causar aos passageiros. É importante que a empresa perceba que com este desgaste não vai a lado nenhum e está a prejudicar todas as partes envolvidas e que apresente uma proposta séria que nós possamos dizer é trabalhável", disse Ricardo Penarróias.
Ricardo Penarróias considerou que o balanço desta que é a terceira greve em poucos meses dos tripulantes de cabine da EasyJet é "positivo com mais de 90% de adesão" o que demonstra "união e resiliência".
Em causa está, insistiu, "tentar atenuar o fosso salarial e de condições de trabalho em relação a outros tripulantes de outras bases e de outros países".
"Apesar de tudo o que se passou antes e durante a greve, desde ataques até desinformação, esta adesão é muito significativa. A empresa tentou contornar a lei recorrendo a outros tripulantes de outras bases para colmatar os grevistas em Lisboa e no Porto", descreveu Ricardo Penarróias.
Os dirigentes sindicais acusam a transportadora de "precarização e discriminação" face aos outros países e exigem aumentos salariais, bem como melhores condições de trabalho.
Mariana Mortágua apoia trabalhadores da EasyJet
No aeroporto de Lisboa, a líder do BE ouviu as reivindicações dos trabalhadores da EasyJet e acusa a companhia aérea de violar a lei da greve e de tratar os portugueses como trabalhadores de segunda.