Os tripulantes de cabine da easyJet cumprem, esta terça-feira, o quinto e último dia de greve. Está também prevista uma concentração de trabalhadores no aeroporto de Lisboa.
Exigem melhores salários e acusam a empresa de manter o vencimento base abaixo do praticado por outras companhias e, inclusivamente, abaixo dos praticados pela própria easyJet noutros países europeus onde a companhia opera.
Estão previstos constrangimentos nas ligações aéreas e vários voos foram suprimidos antes mesmo da greve começar.
companhia fala em adesão de 46%, sindicato aponta 90%
A companhia aérea EasyJet disse esta segunda-feira que a adesão à greve dos tripulantes de cabine, em Lisboa, Porto e Faro, foi de 46%, mas o sindicato aponta para cerca de 90%.
"Em Lisboa, Porto e Faro, a adesão à greve no dia de hoje, até ao momento, é de 46%", lê-se numa nota da empresa divulgada esta tarde.
De acordo com a easyJet, foram operados 120 dos 126 voos previstos, o que corresponde a 95% do total.
Em declarações à Lusa, o presidente do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC), Ricardo Penarróias, referiu que a adesão à greve se mantém nos 90%.
"A companhia, além dos serviços mínimos, tem recorrido a chefias para operar os voos e a tripulantes de outras bases, nomeadamente Faro, para colmatar falhas nos aeroportos de Lisboa e do Porto", notou.
Perante este cenário, o sindicato apresentou uma denúncia à Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT), esperando que sejam adotadas as "medidas adequadas", tendo em vista a penalização da empresa.
"Lamentamos que isto aconteça perante o respeito que tínhamos e temos pela companhia. Apesar de ser 'low cost' [baixo custo], tinha um tratamento para com os trabalhadores diferente ao que era adotado por outras 'low cost'", referiu.