Economia

Tripulantes de cabine da easyJet protestam no aeroporto de Lisboa

No quinto e último dia de greve, os tripulantes de cabine da easyJet concentram-se no aeroporto de Lisboa em protesto contra os baixos salários praticados pela empresa de aviação low cost.

Tripulantes de cabine da easyJet protestam no aeroporto de Lisboa
JOSÉ COELHO

Os tripulantes de cabine da easyJet cumprem, esta terça-feira, o quinto e último dia de greve. Está também prevista uma concentração de trabalhadores no aeroporto de Lisboa.

Exigem melhores salários e acusam a empresa de manter o vencimento base abaixo do praticado por outras companhias e, inclusivamente, abaixo dos praticados pela própria easyJet noutros países europeus onde a companhia opera.

Estão previstos constrangimentos nas ligações aéreas e vários voos foram suprimidos antes mesmo da greve começar.

companhia fala em adesão de 46%, sindicato aponta 90%

A companhia aérea EasyJet disse esta segunda-feira que a adesão à greve dos tripulantes de cabine, em Lisboa, Porto e Faro, foi de 46%, mas o sindicato aponta para cerca de 90%.

"Em Lisboa, Porto e Faro, a adesão à greve no dia de hoje, até ao momento, é de 46%", lê-se numa nota da empresa divulgada esta tarde.

De acordo com a easyJet, foram operados 120 dos 126 voos previstos, o que corresponde a 95% do total.

Em declarações à Lusa, o presidente do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC), Ricardo Penarróias, referiu que a adesão à greve se mantém nos 90%.

"A companhia, além dos serviços mínimos, tem recorrido a chefias para operar os voos e a tripulantes de outras bases, nomeadamente Faro, para colmatar falhas nos aeroportos de Lisboa e do Porto", notou.

Perante este cenário, o sindicato apresentou uma denúncia à Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT), esperando que sejam adotadas as "medidas adequadas", tendo em vista a penalização da empresa.

"Lamentamos que isto aconteça perante o respeito que tínhamos e temos pela companhia. Apesar de ser 'low cost' [baixo custo], tinha um tratamento para com os trabalhadores diferente ao que era adotado por outras 'low cost'", referiu.