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Habitação: Governo deverá baixar prestação da casa ao banco e travar rendas

A resposta à subida das mensalidades de quem tem crédito à habitação é um mecanismo para fixar a prestação durante dois anos. Fernando Medina diz que é a estabilidade que protege as famílias e que não há contrapartidas para os bancos.

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O Governo promete para esta semana medidas para baixar a prestação da casa ao banco e travar o aumento das rendas. No caso da prestação, a ideia é fixar a mensalidade durante dois anos e distribuir o aumento ao longo da vida do empréstimo. Mas o Banco Central Europeu avisa que qualquer ajuda dos governos acaba por prejudicar o combate à inflação.

O Governo remeteu para esta semana novas medidas para responder à crise na habitação. Há um novo pacote de apoios que será levado ao próximo Conselho de Ministros. Mas o travão às rendas só vai ser decidido depois de ouvidas associações de inquilinos e de proprietários.

Primeiro, o Governo disse que ia esperar pela confirmação pelo BCE do aumento das taxas de juro. Depois, o ministro das Finanças adiantou uma das novas medidas que vai avançar esta semana.

A resposta à subida das mensalidades de quem tem crédito à habitação é um mecanismo para fixar a prestação durante dois anos. Fernando Medina diz que é a estabilidade que protege as famílias e que não há contrapartidas para os bancos.

Mas quem analisa o custo-benefício da medida, deixa no ar que só adia o problema e chega tarde.

A bonificação dos juros do crédito à habitação vai ser alargada, já que não chegou a um número considerável de famílias e os critérios de acesso ao apoio às rendas vão ser clarificados, depois de muitos que o pediram terem ficado de fora por não cumprirem as condições.

Estes dois apoios, saídos do pacote Mais Habitação, entraram logo em vigor, enquanto as medidas de médio/curto prazo eram discutidas no Parlamento e vetadas em Belém e desde julho que o governo disse que seriam revistos.

Mas a resposta ao aumento das rendas, com um já prometido travão 2024, ainda não vai ser anunciado, porque Marina Gonçalves vai primeiro ouvir inquilinos, proprietários e a defesa do consumidor.

E essas reuniões pelo que a SIC confirmou vão acontecer só depois do Conselho de Ministros, esta quinta e sexta-feira.