A ministra da Justiça defende a proposta que o Governo apresentou aos funcionários judiciais. No entanto, não foi suficiente para travar a greve que paralisa os tribunais há meses. Catarina Sarmento e Castro pede que os profissionais leiam atentamente a revisão dos estatutos.
Chegada ao Tribunal de Vila Franca de Xira, a ministra da Justiça quis cumprimentar os funcionários judiciais em greve um a um, mesmo com algumas recusas.
Catarina Sarmento e Castro foi sorrido, mas os funcionários não mostram estar convencidos com a proposta de revisão do estatuto.
"Dá dignidade e atribui novas funções a pessoas que têm novas competências, mais funções acrescidas e, portanto, também valorização remuneratória com essa maior responsabilidade", disse Catarina Sarmento e Castro.
O Governo propõe subir salários e criar um suplemento de disponibilidade permanente. O problema é que este suplemento não faz parte do vencimento e, por isso, não entra nas contas da reforma.
"Aquilo que sucede é que este suplemento é uma valorização efetiva da remuneração dos trabalhadores desta classe profissional que há muito a ansiavam. Portanto aquilo que nós devemos olhar é para o conjunto e ver se este conjunto é ou não muito melhor aliás do que aquilo que os sindicatos pediram"
Os sindicatos dizem, no entanto, que cria dificuldades na subida da carreira.
"Aquilo que eu peço é que olhem para essa proposta e vejam se esta não é a janela de oportunidade por que todos nós esperávamos", acrescentou a ministra.
Fica o pedido da ministra da Justiça, no Tribunal de Vila Franca de Xira, onde se trabalha em contentores. As queixas descrevem ratos, baratas e mau-cheiro. A criação de um novo espaço fica prometida, se tudo correr bem, em menos de três anos.