O Governo recebeu esta sexta-feira os partidos da oposição, na Assembleia da República, para apresentar, em encontros separados, as linhas gerais do Orçamento do Estado para o próximo ano.
Apesar de ainda não terem sido revelados grandes pormenores, foram desvendados os aumentos na Função Pública, ficando ainda por saber se o setor privado irá acompanhar estas medidas.
Para José Gomes Ferreira, da SIC, o Orçamento de Estado para o próximo ano será, sem dúvida, de contenção, que será muito “importante” para os credores internacionais.
"Apesar de não terem sido conhecidos grandes pormenores, as linhas gerais já nos permitem tecer algumas considerações sobre este Orçamento de Estado, que será de contenção. Não vale a pena esperar outra coisa. É uma contenção muito importante, não só para os credores internacionais mas também porque continuamos em mercados a vender a nossa dívida", afirmou na antena da SIC Notícias.
Ao que tudo indica, esta contenção implicará que não existam alterações significativas no IRS e IRC. Gomes Ferreira afirma que o Governo não aceita mexer no IRC e que na questão do IRS, será mais comedido em relação ao que a oposição pede.
" No IRC nem pensar. O Governo já tinha dito não aceita mexer na base, que se situa nos 21%. Quanto ao IRS, o PSD pediu até 1.2 mil milhões de euros de desagravamento, que seria bastante acentuado para as classes médias. Mas o que está escrito no Programa de Estabilidade, é que haverá um desagravamento mas será menos de metade do que aquilo que o PSD pede", atirou.