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Horas extra dos médicos: Pizarro diz que não é possível resolver problema a curto prazo

O ministro da Saúde constata que o “funcionamento pleno” dos serviços de urgência depende da disponibilidade de os médicos realizarem horas extraordinárias para lá do limite imposto pela lei.

Manuel Pizarro, fala à comunicação social após a visita e inauguração da nova unidade de internamento de Psiquiatria do Hospital de Santa Maria, em Lisboa.
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O Ministro da Saúde, Manuel Pizarro, diz que o funcionamento das urgências sempre foi assegurado pelo elevado número de horas extraordinárias dos médicos e que não é possível resolver esse problema a curto prazo.

O ministro constata que o “funcionamento pleno” dos serviços de urgência depende da disponibilidade de os médicos realizarem horas extraordinárias. Pizarro sublinha que se os profissionais de saúde recusarem fazer esse avultado número de horas, o Serviço Nacional de Saúde terá “dificuldades”.

“O trabalho que estamos a fazer é tentar mobilizar os profissionais para que essa disponibilidade se mantenha por um ano e, por outro lado, organizar melhor os recursos disponíveis para continuarmos a dar resposta”, revela.

O ministro refere ainda que o funcionamento das urgências sempre foi assegurado pela “disponibilidade de os médicos fazerem um número de horas extra muito elevado”, e a atira que o ministério não tem condições “para garantir que isso deixe de ser necessário”.

Médicos prolongam paralisação

O Sindicato Independente dos Médicos vai prolongar a paralisação à prestação de trabalho suplementar até às 24:00 do próximo dia 24 de novembro, devido à "incompreensível e desrespeitosa proposta" apresentada pelo Governo, foi anunciado no passado domingo.

A greve às horas extra terminava inicialmente em 22 de agosto, mas a sua conclusão tem sido adiada. Em setembro, foi divulgado um prolongamento até 22 de outubro, que fica já ultrapassado com o mais recente anúncio.