A lei prevê que o tempo máximo de espera para a realização de uma colonoscopia seja de 90 dias. Contudo, no serviço nacional de saúde o exame está a demorar mais de 120 dias, ou seja, pelo menos quatro meses.
Uma situação que pode comprometer o diagnóstico atempado de doenças graves, como o cancro .
Estes resultados fazem parte do mais recente estudo da DECO-Proteste.
O estudo realizado entre maio e junho deste ano que tinha como finalidade perceber as dificuldades que os utentes do Serviço Nacional de Saúde têm na marcação de colonoscopias e depois os tempos de espera até à realização dos exames.
A Defesa do Consumidor contactou entidades convencionadas com o SNS das cinco administrações regionais de saúde: Norte, Centro, Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo e Algarve. Em qualquer destes casos, as colonoscopias prescritas pelo médico de família no Centro de saúde podem ser solicitadas aos hospitais.
As mesmas questões foram colocadas pela DECO relativamente aos beneficiários da ADSE.
Foram contactas 41 entidades, 35 conseguiam marcar dentro do prazo de 90 dias, mas 3 já não tinham vaga para este ano.
Relativamente aos clientes particulares, a DECO garante que na maioria dos casos, também há tempos de espera.
Para a Associação de Apoio ao Doente com Cancro Digestivo é urgente encurtar os tempos de espera.
Em Portugal, o rastreio do cólon está recomendado para quem tem mais de 50 anos, quando não há sintomas.
Para os especialistas, a crise que se instalou na saúde poderá piorar ainda mais os tempos de espera.