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Governo regressa à mesa das negociações com sindicatos dos médicos

No dia antes da reunião, Manuel Pizarro não quis adiantar a proposta que vai fazer aos médicos. Disse ainda que, durante a visita ao Hospital de Santa Maria, não viu constrangimentos nas urgências.

Governo regressa à mesa das negociações com sindicatos dos médicos
ANTÓNIO COTRIM

O Governo e os sindicatos dos médicos voltam esta quinta-feira à mesa das negociações. Em discussão estarão as grelhas salariais. O último encontro aconteceu há um mês e terminou sem acordo.

O Sindicato Independente dos Médicos e a Federação Nacional dos Médicos contestam a proposta do Governo que contempla um aumento salarial de 3,6%. Dizem que este valor não compensa a perda do poder de compra.

Os médicos reivindicam ainda o novo regime de dedicação plena ao Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Pelo menos 2.000 médicos já recusaram fazer horas extraordinárias além das 150 previstas na lei. Nas últimas semanas vários hospitais do país estão a ter dificuldades em garantir escalas completas das equipas.

A situação está a causar encerramentos e constrangimentos sobretudo nos serviços de urgência.

Pizarro diz não ter visto constrangimentos nas urgências

Confrontado sobre a crise no SNS, Manuel Pizarro garante não ter visto constrangimentos na visita que fez ao Hospital de Santa Maria. O ministro da Saúde recusou adiantar qual a proposta que vai apresentar na reunião com os sindicatos.

“Eu não posso fazer na Assembleia da República o diálogo que vou fazer numa mesa negocial com os sindicatos. Isso seria mesmo a garantia de que seria impossível aproximarmos posições e chegarmos a um entendimento”, disse Manuel Pizarro aos deputados dos vários partidos.

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O ministro da Saúde sublinho que, “durante o período” em que esteve de visita ao serviço de urgência do Hospital de Santa Maria viu “dezenas de profissionais profundamente empenhados em atenderem as pessoas”.