País

Médicos de família protestam contra alterações aprovadas pelo Governo

Mais de dois mil médicos de família assinaram uma carta que vai ser entregue esta tarde ao Ministro da Saúde. Amanhã, o ministro volta a reunir-se com os sindicatos.

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O protesto dos médicos chegou aos centros de saúde. Os médicos de família estão revoltados com as alterações aprovadas pelo Governo, sobretudo fazer depender o salário da quantidade de trabalho. Mais de dois mil profissionais entregam uma carta de protesto ao ministro da Saúde a dizer que está em causa a qualidade do ato médico.

Os médicos estão cada vez mais descontentes com as alterações à carreira aprovadas pelo Governo, e que o Presidente da República promulgou esta semana.

São médicos de família que se juntaram, de forma espontânea, num movimento complementar à ação dos sindicatos, para mostrar o descontentamento ao ministro da Saúde.

"Esperamos que ele tenha a capacidade de perceber que uma parte muito significativa está desconfortável, deve rever e deve haver aqui um passo atrás", diz Liliana Marto.

Numa carta revelam que não é com a dedicação plena e o novo regime aprovado unilateralmente pelo Governo em setembro, que dizem desconhecer, que se vai criar condições nos centros de saúde.

Confessam, também, que o desgaste é imenso.

O apelo vai ser entregue no ministério esta quinta-feira, véspera do retomar das negociações com os sindicatos e depois de terem visto o Presidente da República promulgar os diplomas. Mas, com reticências e dúvidas.

Os médicos esperam agora que Manuel Pizarro seja sensível à receção da carta, que é mais uma manifestação dos médicos, depois dos que nos hospitais se recusaram a ir além das 150 horas extraordinárias nas urgências.