João Galamba fez o discurso - em que citou Marcelo Rebelo de Sousa - que encerrou o debate do Orçamento do Estado para 2024 (OE2024) na generalidade. Um “ato político provocador e baixo” do Governo, como já veio dizer André Ventura.
Sebastião Bugalho diz que “toda a gente percebeu” a provocação, mas que este cenário de “picardias” já começa a cansar os portugueses.
"A direita ataca o Governo com Pedro Nuno. O PS ataca o PSD com Passos Coelho. O primeiro-ministro e o Presidente da República atiram Galamba como se fosse uma bola de voleibol. Não se percebe muito bem o que isso diz ao país. Aos portugueses isto vale zero. Não interessa aos portugueses que tenham os filhos a irem a escola todos os dias, que não tenham consulta no centro de saúde, que não sabem se a reforma do SNS vai ter ou não resultado.
O comentador da SIC diz que esta é “a década em que trocamos as políticas pela política”, mas que esta estratégia já “não satisfaz as pessoas e não dá resultado”.
Sobre o futuro, olha para o que está a acontecer na Europa e teme um cenário menos favorável do que aquele que os políticos portugueses têm referido.
Quando olhamos para a restante Zona Euro e para o cenário económico, vemos que não é bom. É um pouco contraditório que o grande debate na semana do OE seja sobre alívio fiscal e baixar os impostos, quando estamos a beira de uma possível estagnação económica ou talvez até uma recessão. Não vemos ninguém a ter um discurso realista sobre o que aí vem. Estamos a cometer o mesmo erro que nos trouxe até agora: a gestão das expectativas. (…) É um ambiente de sonhadores políticos, não é um ambiente de realidade."