O secretário-geral do PCP esteve durante a manhã desta quarta-feira na cimenteira da Secil onde voltou a defender uma aumento geral dos salário dos trabalhadores. Quanto a uma geringonça nas próximas eleições, Paulo Raimundo afirmou que é preciso primeiro conhecer o conteúdo das propostas políticas.
Confrontado com as declarações do candidato à liderança do Partido Socialista, Pedro Nuno Santos, o secretário-geral do PCP não quis revelar se faria ou não parte de uma nova geringonça à esquerda. Referiu que o problema não é a forma, mas o conteúdo das propostas políticas.
Durante uma iniciativa junto dos trabalhadores da cimenteira Secil, no concelho de Setúbal, Paulo Raimundo voltou a defender um aumento geral dos salários dos trabalhadores. Salientou que uma empresa como a cimenteira da Secil não tem justificação para não aumentar os ordenados.
Aumento dos salários “responde a tudo”
"O aumento geral dos salários, um aumento significativo, é a grande emergência nacional que responde a tudo. Responde ao problema do aumento do custo de vida, responde à brutalidade dos problemas que enfrentamos na habitação, com tudo o que isso implica", disse.
Para o líder do PCP Portugal tem meios, recursos e dinheiro para o bom funcionamento do país, mas lamenta a falta de vontade das grandes empresas e da banca para melhorar a vida das pessoas.
"Ainda bem que há dinheiro, é sinal de que a empresa está a produzir, é sinal de que está a fazer negócio. Está tudo certo. O que não está certo, é que os salários estão baixos. Essa é a grande questão. Uma empresa destas, nos últimos cinco anos com 100 milhões de euros de lucros, é positivo, mas é preciso que [o dinheiro] seja melhor distribuído. E isto é válido para a Secil, como é válido para todas as todas as empresas, para todos os setores", entende.