Os chefes de equipa de urgência do Hospital Garcia de Orta, em Almada, apresentaram a demissão no final do mês passado. A causa principal foi a falta de condições mínimas de segurança para os utentes e profissionais de saúde.
Apontam também erros de escala e turnos completados com médicos internos mais novos e em regime parcial. Consideram por isso que há um elevado risco para a população e para os médicos que ali trabalham.
O presidente do Conselho Regional do Sul da Ordem dos Médicos esteve reunido com a administração do Garcia De Orta. Paulo Simões, que saiu muito preocupado com a situação, diz que há equipas reduzidas a um especialista, com perigo para a população.
Afirma ainda que o caso que não é único, pois "todos os serviços de urgência estão a laranja ou a vermelho".
Há precisamente um ano, os chefes de urgência do mesmo hospital apresentaram também a demissão. Na altura, as queixas eram as mesmas.
Administração faz apelo aos utentes
Contacada pela SIC, o conselho de administração garante que os médicos demissionários mantêm-se em funções até serem substituídos e assegura que tem tentado encontrar medidas que atenuem os constragimentos apontados.
Deixa ainda um apelo aos utentes: que só recorram ao serviço de urgência em caso de situação grave e após contactarem a linha SNS 24.