País

Discurso na Íntegra

Carlos Moedas: "Vamos ser os ativistas moderados que derrotam os radicais"

Para o autarca de Lisboa, Luís Montenegro tem “uma característica muito rara: nunca vacilas sobre pressão”, defendendo não ter dúvidas que Montenegro será o próximo primeiro-ministro de Portugal.

Carlos Moedas, presidente da câmara de Lisboa
Loading...

Uma dos discursos mais aguardados na tarde deste sábado, no 41.º Congresso Nacional do PSD, foi o de Carlos Moedas, que se defendeu “nós, o PSD, somos a chave”, apelando ao voto. O presidente da câmara de Lisboa afirmou que os militantes do PSD vão "ser os os ativistas moderados que derrotam os radicais".

Para o autarca de Lisboa, Luís Montenegro tem “uma característica muito rara: nunca vacilas sobre pressão”, defendendo não ter dúvidas que Montenegro será o próximo primeiro-ministro de Portugal.

"Vencemos o socialismo em Lisboa, venceremos o socialismo no país", afirmou Carlos Moedas no seu discurso perante o 41.º Congresso do PSD, que decorre este sábado em Almada, distrito de Setúbal.

“O país precisa do PSD para restaurar a esperança […] um PSD que mobilize as pessoas, pelo país e pelo futuro”, defendeu.

Crise de 25 de Novembro de 1975

“Hoje celebramos o 25 de novembro, um dia de liberdade, confiança, de mudança. Um dia que trouxe novos tempos a Portugal. Foi no 25 de Novembro que o povo português afirmou que abril não tinha donos, que o Estado não era um monopólio de um partido”, afirmou.

Para Carlos Moedas, “Portugal não estava condenado ao miserabilismo daquilo que os comunistas queriam do marxismo miserável".

“Se hoje não conseguimos entregar, como tínhamos planeado as medalhas da cidade aos militares, que no 25 de novembro deram a vida por Portugal, foi porque o PS negou Mário Soares” e, segundo Carlos Moedas, porque e “ PS preferiu o extremismo ou radicalismo, à democracia”.

Minorias e ativismo

Na opinião de Carlos Moedas, o PS “é o promotor dos extremistas, da extrema esquerda à extrema direita”

“Hoje, infelizmente, há um vazio. Há um vazio que é capturado pelas minorias barulhentas, os ativismos radicais e, na falta de um ativismo moderado que dê respostas às pessoas, ganham o populismo e hoje o PS é o grande promotor”, defende.

Para Carlos Modas “vale tudo para o PS”, acrescentando que “quando Estaline matou deliberadamente 6 milhões de pessoas, é com esses que o PS fala com todos, com todos esses”.

Alianças partidárias ou extremismos?

“Eu posso falar em liberdade, porque nunca faria alianças nem com a extrema-esquerda, nem com a extrema-direita. Eles não podem dizer o mesmo”, diz.

Para Carlos Moedas “só nós temos a solução. Nós, o PSD, somos a chave”, acrescentando que “se os extremos existem é porque há descontentamento, é porque há revolta, há desespero, porque muitos daqueles que votam nos extremos fazem-no por desespero e não por convicção, e devemos respeitá-los”.

A solução, segundo Carlos Moedas, para combater o extremismo é “fazer através de um ativismo moderado”.

O autarca de Lisboa atacou ainda o valor das pensões dos reformados e o estado de saúde em Portugal mencionando o facto de, em Lisboa, ”serem quase 100 mil pessoas que não têm médico de família".

Numa intervenção em que deixou várias críticas aos socialistas, o autarca afirmou que "o PS não quer igualdade de oportunidades, quer igualdade na pobreza".

"Nós somos o partido da esperança. Vamos ser os ativistas moderados que derrotam os radicais", salientou.

No final da sua intervenção, Carlos Moedas foi aplaudido de pé pelo congresso e o presidente do partido juntou-se a ele no palco.