País

Governo não caiu por causa de um processo judicial, "caiu de podre"

Luís Montenegro discursou na abertura do 41.º Congresso do PSD, que decorre este sábado em Almada, no distrito de Setúbal. Veja aqui o discurso completo.

Loading...

O presidente do PSD defendeu hoje que o Governo do PS "não caiu por causa de um processo" judicial, mas "caiu de podre", e acusou os socialistas de instrumentalizarem a justiça para taparem "erros políticos".

"Tenho evitado contribuir para degradar ainda mais as instituições democráticas e alimentar intrigas políticas. Mas se alguém vê nisso algum receio ou alguma inibição, era o que faltava, eu sou, fui sempre, um homem livre e direi sempre o que mais interesse aos portugueses", avisou Montenegro, na abertura do 41.ª Congresso do PSD.

O presidente do PSD defendeu que o executivo de António Costa - que anunciou a demissão a 7 de novembro - "não caiu por causa de um parágrafo" no comunicado da Procuradoria-Geral da República, "nem sequer por causa de um processo".

"O governo caiu de podre, por indecente e má figura na governação. Foram demasiadas mentiras, demasiados abusos de poder, demasiada falta de decência e transparência na vida política", criticou, dizendo que "é sempre com o PS que o Estado se intromete nos negócios".

E deixou um aviso: "Portugal não é, não foi e não vai ser uma República das bananas".

Montenegro acusou ainda o PS de, nas últimas semanas, tentar instrumentalizar a justiça "para servir de álibi a erros políticos".

"Não que não estejamos todos sob escrutínio, é assim que tem ser, mas nos sítios próprios, com regras próprias e no tempo correto. O julgamento das pessoas e instituições não se faz na comunicação social, se isso é válido para políticos também é para magistrados", disse.