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Hospital da Guarda: medicina interna em greve continua a travar Via Verde AVC

As especialidades de cirurgia geral, anestesia e maternidade fizeram uma pausa na reivindicação até haver novo executivo, tendo também o acordo parcial entre sindicatos e governo pesado na decisão dos médicos.

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No Hospital da Guarda, a Via Verde AVC está fechada e os doentes estão a ser encaminhados para a Covilhã, Viseu e Coimbra. O acordo parcial com o governo não resolveu os problemas na urgência e o fim de semana prolongado que se avizinha deixa antever novos constrangimentos.

Os especialistas de medicina interna na Guarda mantêm-se em protesto e estão a assegurar o serviço apenas nos dias úteis até às 20 hora, deixando este fim de semana o hospital sem o serviço de Via Verde AVC.

“Sabemos que a Guarda não é o único hospital do país com estes constrangimentos, mas a Guarda só tem um hospital no distrito, é bom focar isso. Sabemos que não há uma resposta a 100% da medicina interna, mas penso que as outras especialidades hospitalares já vão conseguir dar alguma melhor resposta do que a que tem sido dada até agora”, afirma o presidente da delegação da Ordem dos Médicos da Guarda, João Silva.

As especialidades de cirurgia geral, anestesia e maternidade fizeram uma pausa na reivindicação até haver novo executivo, tendo também o acordo parcial entre sindicatos e governo pesado na decisão dos médicos.

Em contrapartida, a falta de ortopedistas na escala da urgência mantém-se, tendo em conta que nenhum entregou minuta de recusa às horas extraordinárias.

O movimento de doentes para outros hospitais continua, após muitos já terem deixado de escolher o Hospital da Guarda como primeira opção.

“Antigamente entravam 100/150 pessoas no Hospital da Guarda que deixaram de entrar pela necessidade de reencaminhar para outros hospitais. Ou seja, ainda não está como estava em setembro, mas com o regresso de algumas especialidades ao serviço de Urgência, o INEM e o próprio CODU já podem enviar algumas situações para aqui. […] Mas, mesmo assim, ainda há muitos constrangimentos e que implicam o internamento ou a transferência de alguns utentes pela falta da especialidade hospitalar", acrescenta.