A procuradora-geral da República, Lucília Gago, comentou as mais recentes críticas ao Ministério Público e assumiu que "está bem ciente" da responsabilidade que tem em mãos.
Sobre as declarações de Lucília Gago, Ricardo Costa, da SIC, diz que não fizeram sentido, "porque o Ministério Público é o único organismo do país que não se pode criticar".
"Aliás se alguém critica está a querer atacar, destruir e não faz nenhum sentido. Então podemos criticar (...) toda a gente e não podemos criticar ou avaliar o funcionamento do Ministério Público", reitera.
Para Ricardo Costa existiu "todo um terramoto" a 7 de novembro, dia em que António Costa apresentou a demissão, "mas uma semana depois o Ministério Público (MP) tem uma das suas maiores derrotas nos últimos anos, junto de um juiz de instrução num processo de primeira grandeza".
"Aquela nota do juiz de instrução é um passado de atestado de pouca competência ao Ministério Público", diz Ricardo Costa.
O diretor de informação da SIC explica, também, que as medidas do MP saíram muito abaixo, do que é expectável, porque "quando se pede umas medidas de coação é porque se acha que tem provas sólidas para as conseguir e não tinha nem de perto, nem de longe".