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Caso das gémeas: “Conduta não me parece normal à partida”, diz Rui Tavares

O deputado único do Livre diz que para perceber se foi uma conduta excecional ou errada é preciso comparar “em contexto com outras situações” e acrescenta que os decisores políticos “também estão lá para resolver problemas”.

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Rui Tavares, do Livre, afirmou esta quarta-feira que o envolvimento da Secretaria de Estado da Saúde no caso das gémeas é uma conduta que “não parece normal à partida”.

O deputado único do partido diz, no entanto, que para perceber se foi uma conduta excecional ou errada é preciso comparar “em contexto com outras situações” e acrescenta que os decisores políticos “também estão lá para resolver problemas”.

“Sabemos que os decisores políticos também estão lá para resolver problemas e se lhes pedirmos muitas vezes… mas é preciso saber se é adequado e se há alguma violação ou não”, sublinha.

Rui Tavares considera ainda que é importante perceber se houve alguma situação idêntica em que um cidadão português tenha tido um tratamento diferente daquele dado às gémeas luso-brasileiras.

“A partir do momento que as meninas são portuguesas, são portuguesas, não são gémeas brasileiras. O que é importante saber é se algum português ou portuguesa não teve o mesmo tratamento, sendo clinicamente justificado”, defende.

O que concluiu a auditoria?

A auditoria interna do Hospital de Santa Maria ao caso das gémeas que receberam um tratamento milionário conclui que as duas primeiras consultas foram marcadas através de um telefonema da Secretaria de Estado da Saúde.

A auditoria, que não apura responsabilidades disciplinares ou criminais, seguiu já para a tutela.

Lacerda Sales insiste: “Não marquei qualquer consulta”

Em declarações à Antena 1, o secretário de Estado da Saúde volta a garantir que não marcou qualquer consulta no Serviço Nacional de Saúde para as gémeas luso-brasileiras.

“É curioso porque primeiro ouvi falar que teria sido eu a marcar a consulta. Já se chegou à conclusão que, como tenho dito, não marquei qualquer consulta no Serviço Nacional de Saúde. Depois ouvi falar que existiria um e-mail, não me chegou ainda nenhum e-mail”, afirma.

Lacerda Sales lamenta as “suposições” que têm sido lançadas e defende que é preciso que o caso seja “devidamente esclarecido”.