Na primeira missa de Natal enquanto Patriarca de Lisboa, D. Rui Valério pediu para que ninguém seja esquecido. Na homília na Sé de Lisboa, disse também que Portugal precisa de uma cultura de cooperação e inclusão.
O patriarca de Lisboa alertou, esta segunda-feira, que se vive "a atrocidade da bipolarização, que impõe a obrigatoriedade da provocação, do confronto inconciliável, que apenas gera divisão e é incapaz de fomentar uma cultura de cooperação e inclusão".
Rui Valério falava na homília do dia de Natal na Sé Patriarcal de Lisboa, que esteve repleta de pessoas, entre fiéis e turistas que aproveitaram a ocasião para assistir aos cânticos e à missa de Natal e conhecer o interior desta igreja secular.
"O Natal, celebração por excelência do acolhimento, é um convite à disponibilidade, para fazer dessa abertura um traço da nossa identidade", disse Rui Valério na primeira missa a que presidiu como patriarca de Lisboa.
Para o prelado, existe a necessidade de gerar espaços "para receber e acolher" os que mais necessitam como os que estão "em busca de trabalho, de pão e de melhores condições de vida".
"Vivemos hoje, culturalmente, a atrocidade da bipolarização, que impõe a obrigatoriedade da provocação, do confronto inconciliável, que apenas gera divisão e é incapaz de fomentar uma cultura de cooperação e inclusão, de que tanto necessita o nosso País, particularmente num momento tão decisivo como o que estamos a viver", reiterou Rui Valério.
O 18.º Patriarca de Lisboa tem 58 anos e é natural de Urqueira, no concelho de Ourém. Foi ordenado padre em 1991, em Fátima.