No geral, os tempos de espera nas urgências dos hospitais de Lisboa estão a diminuir, apesar de a situação ainda ser complicada. No hospital Beatriz Ângelo, um dos mais críticos, o tempo de espera com pulseira amarela passou de 19 horas durante a manhã desta quinta-feira para 9 horas à tarde.
No Hospital de Santa Maria, chegou-se a um equilíbrio temporário. De acordo com o diretor da urgência, João Gouveia, hoje registou-se uma afluência mais baixa e as equipas foram reforçadas.
O desvio de doentes para os centros de saúde foi também uma solução encontrada, mas que interferiu com a vida dos doentes. No centro de Saúde Algueirão-Martins, as filas para uma consulta começaram antes do nascer do sol.
Dos cerca de 400 utentes que têm ido às urgências diariamente, 60% foram reencaminhas para a Medicina Interna.

Cenário de caos no hospital de Penafiel
A norte, o cenário mais caótico foi registado na urgência do Hospital de Penafiel. O tempo de espera para o atendimento de doentes muito urgentes chegou às 4 horas e meia, quando o recomendado é 10 minutos. Há doentes em macas nos corredores da urgência enquanto aguardam por um a vaga na enfermaria.

Nos hospitais do Porto, a afluência tem sido elevada, mas dentro dos números da época. Na quarta-feira, o hospital de São João atendeu 780 utentes, entre eles 225 crianças, a maioria com gripe A.
Em Vila Nova de Gaia, os números na urgência dispararam, mas metade são situações não urgentes. No Santo António, o tempo da espera rondou as 3 horas para doentes urgentes.