Carlos Casimiro, o procurador que assinou o despacho com duas páginas a que a SIC teve acesso, justifica o arquivamento com o bom comportamento do ex-pirata informático.
Refere ainda que o arguido "cumpriu integralmente as injunções e regras de conduta fixadas" e diz mesmo estar convencido de que desde julho de 2020, altura em que Rui Pinto, terá cometido o último crime, "foi possível afastar o mesmo da criminalidade".
Para esta decisão de arquivamento, pesou também a cooperação com as autoridades, permitindo à PJ aceder a milhões de documentos com informações sensíveis e alegadamente comprometedoras. Em contrapartida, estes cinco inquéritos-crimes por alegado acesso indevido aos sistemas informáticos do Benfica, Porto Ministério da Justiça e presidência do conselho de ministros, estiveram suspensos durante mais de três anos até serem agora arquivados, como se previa
Para trás ficaram vários recursos sempre rejeitados para tentar travar este desfecho.
Em setembro, Rui Pinto, de 35 anos, autor do Football Leaks foi condenado a quatro anos de prisão com pena suspensa por crimes de tentativa de extorsão, violação de correspondência agravada e acesso ilegítimo.
Em França, também já foi condenado.