O Tribunal condenou, nesta segunda-feira, Rui Pinto a quatro anos de prisão com pena suspensa e dá como provado acessos informáticos à Doyen, FPF, PGR e sociedade de advogados PLMJ. O hacker já reagiu à sentença nas redes sociais.
"Ouvi atentamente o resumo da sentença hoje proferida, e naturalmente há coisas que concordo, coisas que discordo, coisas pertinentes e coisas descabidas. Terei muito para dizer acerca desta decisão, mas não será hoje o dia. É um capítulo que se encerra, e a luta continuará", escreveu o pirata informático.
Rui Pinto é condenado por um crime de tentativa de extorsão, cinco de acesso ilegítimo e três de violação de correspondência.
A amnistia da vinda do Papa perdoa a Rui Pinto, que tinha menos de 30 anos à data dos factos que lhe são imputados, 68 crimes de acesso indevido e 11 crimes de violação de correspondência.
O pirata informático foi detido há quatro anos na Hungria. Está desde o inicio deste julgamento em liberdade num programa de proteção de testemunhas a colaborar com as autoridades.
No entanto, as contas de Rui Pinto com a Justiça parecem longe do fim. Está acusado de 377 crimes num processo que ainda não chegou a julgamento e é também alvo de uma outra investigação por novas suspeitas de pirataria informática.
Além de Rui Pinto, também o advogado Aníbal Pinto é condenado por tentativa de extorsão a dois anos de prisão com pena suspensa.