País

José Luís Carneiro pede aos polícias que "confiem porque há provas dadas"

José Luís Carneiro exemplificou possíveis aumentos, adiantando que está "consciente do trabalho que é preciso realizar", mas que é necessários que hajam "decisões orçamentais e financeiras" que permitam aumentos salariais.

Loading...

O ministro da Administração Interna disse, esta quinta-feira, que os agentes da PSP e os militares da GNR não devem sentir-se discriminados e pede-lhes que tenham confiança nas instituições políticas.

“Confiem nas instituições porque há provas dadas. Há muito que fazer para o futuro e por isso é que nós temos estado a trabalhar com os sindicatos", afirmou.

José Luís Carneiro exemplificou dizendo que se houver um aumento em 100 euros de toda a base remuneratória, o Estado terá “um investimento adicional de mais 70 milhões euros”.

“Se quisermos aumentar 100 euros no Suplemento de Patrulha, que é dos mais baixos e do meu ponto de vista, aquilo que era mais justo de ser atualizado, significa mais 36 milhões de euros. Portanto, nós temos esse trabalho feito. Depois têm de haver decisões, nomeadamente decisões orçamentais e financeiras”, exemplifica.

O ministro da Administração Interna deixa ainda uma garantia: “Estamos conscientes do trabalho que é preciso realizar. Estamos a realizá-lo como se pode ver, com provas dadas, e estamos disponíveis para continuar esse trabalho no futuro”.

Em declarações à comunicação social após a reunião desta manhã com o diretor nacional da PSP, na sede da instituição, em Lisboa, Bruno Pereira referiu que José Barros Correia não transmitiu aos sindicatos qualquer indicação do Ministério da Administração Interna (MAI) face ao momento de contestação nas forças de segurança por melhores condições salariais e de trabalho.

Protestos prosseguem esta quinta-feira

Várias dezenas de polícias concentraram-se esta quinta-feira de forma espontânea junto à Direção Nacional da PSP e ao Comando Metropolitano de Lisboa (Cometlis), em solidariedade com os protestos por melhores condições salariais e de trabalho.

Na sede da Direção, na Penha de França, em Lisboa, muitos surgiram fardados no exterior do edifício, após a reunião do diretor nacional, José Barros Correia, com os principais sindicatos:

  • Associação Sindical dos Profissionais da Policia (ASPP-PSP),
  • Sindicato dos Profissionais de Polícia (SPP),
  • Sindicato Nacional da Polícia (Sinapol),
  • Sindicato Independente da Polícia (SIAP),
  • Sindicato Nacional de Oficiais de Polícia (SNOP) e
  • Sindicato Nacional da Carreira de Chefes da PSP (SNCC).

Também no Cometlis, em Moscavide, muitos polícias compareceram de uniforme no exterior, aproveitando a pausa de almoço numa demonstração de apoio à contestação das forças de segurança por uma valorização salarial e lhores condições de trabalho.