Só haverá comboios a circular na nova linha entre Évora e Elvas daqui a mais de um ano, mas o Governo e a Infraestruturas de Portugal promoveram, nesta sexta-feira, uma viagem experimental, para mostrar obra feita e sublinhar a aposta na ferrovia, além do TGV.
Na melhor das hipóteses, haverá comboios de mercadorias no ainda incompleto troço entre Évora e Elvas, mas apenas para meados de 2025 ou seja, com mais de três anos de atraso.
Depois do pontapé de saída no TGV, o secretário de Estado das Infraestruturas foi até Évora para mostrar que já há linhas em Portugal preparadas para a alta velocidade e que esta obra é mais um passo na estratégia de aposta na ferrovia.
Os autarcas vêm com bons olhos este investimento avultado de 500 milhões de euros, em que o Governo admite que já terá derrapado 10%, mas querem outras garantias.
Pensada essencialmente para mercadorias e para ligar o Portos de Sines, Setúbal e Lisboa a Espanha e ao resto da Europa, esta ligação se operar para passageiros em alta velocidade, não pode parar em todas as estações e apeadeiros, mas o Alentejo reclama estações e plataformas logísticas.
Reduzir em várias horas a ligação entre Lisboa e Madrid é o maior dos objetivos. Só resta é saber se a linha que vai atravessar todo o Alentejo central não deixa a região apenas a ver passar os comboios.