José Gomes Ferreira considera que o contrato celebrado entre Christine Ourmières-Widener e a TAP, que previa a acumulação de cargos, é “um problema mais do que jurídico”.
“A gestão de empresas está-se a transformar num problema de política e de política partidária, numa fase de pré-campanha eleitoral”, começa por dizer o jornalista da SIC.
O secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, comentou esta sexta-feira sobre a acumulação de funções da ex-CEO da TAP e assumiu as "responsabilidades políticas" por tudo o que se fez na companhia aérea portuguesa, mas reafirmou que o contrato com Christine Ourmières-Widener foi feito por equipas jurídicas e, como tal, "cada um fez a sua parte".
Para José Gomes Ferreira, o secretário-geral socialista está a “ter sucessivos choques de confrontação com a realidade, ao ter que reconhecer coisas que antes ou não foram devidamente destacadas, ou até foram faladas, mas não tiveram o relevo que estão a ter, porque se trata de um candidato a primeiro-ministro”.
Há uns pormenores que é importante destacar
As sucessivas polémicas, como a linha de alta velocidade e a TAP, estão a “assumir outra dimensão, quer Pedro Nuno Santos queira, quer não”.
Para o jornalista da SIC, há pormenores que é importante destacar. O primeiro é a contra argumentação da TAP ao processo que interpôs contra Christine Ourmières-Widener. José Gomes Ferreira recorda que a ex-CEO defende ter sido despedida sem justa causa.
“A senhora nem sequer tinha um contrato de gestão, tinha um contrato de trabalho. Não havia um contrato de gestão com objetivos definidos para saber o que é que, no curto, médio e longo prazo, a ex-CEO tinha que fazer”, explica José Gomes Ferreira.